Procedimento foi realizado no Hospital Santa Casa de Campo Mourão 

Na última segunda-feira (25), as internas do curso de Medicina do Centro Universitário Integrado, Camila Cristiane Borges Sacchi, Isadora Alencar Martins, Julia Chilante Ghellere e  Larissa Luiza Bedin participaram de um procedimento de captação de órgãos para transplante. A operação foi realizada no Hospital Santa Casa de Campo Mourão, durou cerca de duas horas e resultou na captação de um fígado e dois rins.

A coleta dos órgãos foi realizada pelos médicos Dr. Igor Luna Peixoto e Dr. Guilherme Ferrarini Furlan, que vieram de Curitiba para a captação. Durante o procedimento, os médicos foram auxiliados pela Equipe do Centro Cirúrgico da Santa Casa  e pelos internos  do curso de Medicina.

Operação captou um fígado e dois rins. Foto: Matheus del Cistia

Para a acadêmica Julia Chilante Ghellere, acompanhar a operação foi uma experiência única. “Poder 

acompanhar e auxiliar a captação de órgãos na Santa Casa de Campo Mourão. Com certeza, um momento que marcou e somou conhecimento à minha formação. Só tenho a agradecer a toda a equipe, tanto do hospital, quanto da faculdade por mais esta oportunidade”, contou a estudante.

Segundo a Superintendente Lucinéia Scheffer, a oportunidade de realizar uma captação de órgãos no hospital é algo inexplicável. É algo que perpassa pelo amor, por doar vidas, visto que a doação é responsável por garantir melhor qualidade de vida a uma pessoa doente ou, inclusive, salvá-la.

A doação de órgãos é anônima e só existe após a conclusão de todo o Protocolo de Morte Encefálica, que é realizado por uma equipe multiprofissional e composto pela repetição de vários exames regulamentados pelo Conselho Federal de Medicina. Quando identificado um potencial doador, o protocolo é aberto por médicos capacitados, junto a Comissão Intra-hospitalar de Doação de Órgãos e Tecidos para Transplante (CIHDOTT), que realiza o acolhimento dos familiares para a definição da decisão.

De acordo com a Enfermeira Coordenadora da CIHDOTT, Susana Candido, o paciente grave é avaliado frequentemente por toda a equipe multidisciplinar, incluindo a equipe da CIHDOTT, que realiza o acolhimento dessas famílias e as prepara para a conversa com a equipe médica.

Cada paciente possui a sua particularidade e a CIHDOTT possui alguns treinamentos específicos para acompanhar os casos, esclarecer dúvidas dos familiares e tentar fazer o processo mais leve para todos.