Evento contou com conferências, mesas redondas, oficinas e apresentação de trabalhos

Realizado nos dias 21 e 22 de abril, no campus do Centro Universitário Integrado,  o 13º Congresso Catarinense e Paranaense de Educação Médica, que teve como tema central “Educandos e educadores unidos e comprometidos com o mesmo objetivo”,  reuniu educadores, estudantes e gestores de diferentes escolas para debater o futuro da educação médica. 

Sediado pela primeira vez em uma IES participante do Programa Mais Médicos, o CCPEM teve mais de 400 inscritos, 71 trabalhos aprovados e contou com conferências, mesas redondas, oficinas e apresentação de trabalhos. “Este é um marco importante no processo de interiorização e descentralização da educação médica no país”, explica o diretor do curso de Medicina do Integrado, Marco Aurélio Marangoni.

Tendências para o futuro

Na palestra “Escola Médica – histórico da mudança e perspectivas de futuro”, o professor Dr. José Lúcio Machado, diretor de um dos um dos maiores ecossistemas de ensino médico do Brasil, destacou as principais tendências na educação médica nos próximos anos. Entre as principais, o professor destacou a hibridização da formação médica, a revisão dos processos de avaliação da qualidade de ensino e a certificação/recertificação profissional. 

“Esses são pontos fundamentais que nós devemos abrir enquanto agenda urgente com o Ministério da Educação e Ministério da Saúde, para repensarmos o processo de formação e quem sabe reeditarmos as diretrizes curriculares nos próximos anos”, destacou Machado. 

Desafios

Para o professor Dr. Aristides Palhares Neto, da Unesp-Botucatu, um dos maiores desafios da educação médica no Brasil é entender as diferentes realidades do Brasil. “Temos escolas espalhadas de norte a sul, tratá-las com a mesma régua, com a mesma medida pode ser muito injusto. Mas nós precisamos garantir que o médico formado tenha qualidade para atender a população em qualquer lugar do Brasil, então nós precisamos entender quais são os principais aspectos que devem ser observados na formação de um médico.  Alguns desses aspectos a gente já tem discutido, mas não tem isso discutido para o Brasil inteiro em todas as realidades, então esse é um desafio muito grande”, explica o professor. 

Já para a Drª. Evelin Massae Ogatta Muraguchi, coordenadora do curso de Medicina da PUCPR – Londrina, um dos maiores desafios na formação médica é a humanização do ensino. “Acho que a primeira coisa a se fazer na formação de um médico humano é tratar o estudante como um ser humano real. Que ele tenha a oportunidade de vivenciar, entender os seus erros, de fazer suas correções e de saber que ele está sempre precisando estudar ao longo da sua vida. Essa é a questão do lifelong learning que a gente tem discutido bastante, transformar mesmo o estudante num indivíduo que continue estudando a vida toda e sempre sem perder a ternura. Não mais aquela educação massacrante, mas entendendo que ele tem que ter momentos de lazer, equilíbrio da vida profissional e afetiva. Essa é a questão: sair de uma coisa muito técnica para uma coisa de muita dedicação ao paciente”, avalia.  

Infraestrutura de ponta 

Um dos pontos que chamou a atenção dos participantes do 13º CCPEM foi a infraestrutura e o currículo do curso de Medicina do Centro Universitário Integrado. “Fiquei maravilhado com o que vi, uma escola que se preocupa com a qualidade do médico que forma, que tem um projeto pedagógico inovador, que se montou tecnologicamente para oferecer aos alunos experiências significativas para o seu aprendizado, fiquei muito impressionado com o que vi dentro da escola”, destacou o professor Dr. Aristides Palhares Neto.

“Sou testemunha da história do Integrado. Os mantenedores me convidaram na época para apoiá-los na implantação do curso e nós tivemos uma liderança muito forte do Marco Aurélio Marangoni, que montou junto com os professores muito competentes um dos melhores, senão o melhor curso de Medicina do país. Campo Mourão é motivo de orgulho para os paranaenses e para o Brasil como um todo, porque daqui sairão grandes médicos”, ressalta o Dr. José Lúcio Machado.