Pesquisa é realizada por docentes e acadêmicos dos curso de Fisioterapia e Medicina

Os cigarros eletrônicos fazem parte de uma indústria de rápido crescimento, tornando-se muito popular entre jovens e adultos. Um dos atrativos dos cigarros eletrônicos é que possuem cheiro e sabor agradáveis em comparação com o cigarro convencional e por isso parecem, ilusoriamente, mais inofensivos aos usuários. Seu uso é uma prática moderna e vem ganhando espaço na sociedade, isso é preocupante pelos inúmeros problemas pulmonares que a prática traz.
A inalação das substâncias presentes no cigarro eletrônico pode gerar lesões no sistema respiratório, por seu tecido epitelial de revestimento interno não suportar a toxicidade nem a alta temperatura da fumaça e passar a sofrer um processo de substituição de células e produção exagerada de muco, na tentativa de proteger-se das substâncias tóxicas. Além disso, a fumaça inalada provoca uma reação inflamatória, o que gera destruição progressiva da árvore brônquica.

Deste modo, o projeto de iniciação científica “Avaliação do perfil epidemiológico, função pulmonar e consumo de cigarro eletrônico em um centro universitário na região Centro-Oeste do Paraná” tem como objetivo avaliar a função pulmonar, perfil epidemiológico e o padrão de consumo de indivíduos que utilizam cigarro eletrônico.
A pesquisa possui como questões norteadoras:
– Como é a capacidade respiratória dos consumidores de cigarros eletrônicos?
– Como são os dados antropométricos dos usuários?
– Quais os tipos de cigarros eletrônicos utilizados?
– Existe uma diferença na função pulmonar entre indivíduos que utilizam cigarro eletrônico e os que não utilizam?
A pesquisa, que teve início em 2022, terá seu desenvolvimento durante o ano de 2023. A equipe de pesquisadores é composta pelos professores Anderson Brandão dos Santos, Lais de Souza Braga e Cristiane Rickli, além de 10 acadêmicos do curso de Medicina e Biomedicina.
Para resolver os questionamentos, está sendo aplicado um questionário a dois grupos, sendo um de usuários de cigarro eletrônico e outro de não usuários, formando assim o grupo controle. Os grupos são compostos por estudantes e colaboradores de um Centro Universitário no Centro-Oeste do Paraná.
Ao final da pesquisa, será observado se há danos com o uso contínuo do cigarro eletrônico e se existe correlação entre o uso com alterações na capacidade vital funcional, volume respiratório, a relação VEF1/CVF e as doenças pulmonares.