Objetivo é recuperar áreas degradadas por meio do plantio de espécies nativas

Acadêmicos do sexto período do curso de Agronomia do Centro Universitário Integrado estão participando de um projeto de extensão que visa a recuperação da área de vegetação ripária no câmpus universitário. O projeto é coordenado pelo professor João Claudio Alcântara, da disciplina de Manejo e Conservação de Solos e Água, e prevê o plantio de mais de 300 mudas de espécies nativas da Floresta Estacional Semidecidual. 

De acordo com o professor João Claudio, as práticas de recuperação da vegetação ripária, também conhecida como mata ciliar, é fundamental para a preservação dos recursos hídricos. “A preservação dos recursos hídricos vem sendo muito ameaçada e a gente tem aqui no câmpus um recurso hídrico que é utilizado nas atividades do curso, como irrigação de experimentos, por exemplo. Então, a recuperação da vegetação ciliar vai contribuir para reduzir o assoreamento das represas e do Rio KM 119 que faz fundo aqui com a instituição e também irá auxiliar na diminuição da erosão que causa perda de nutrientes do solo em toda a área da microbacia da região. O reflorestamento da vegetação ciliar é uma prática de manejo tanto para solo quanto para água”, explica o professor.

Segundo Willy Adam, acadêmico do curso de Agronomia que participa do projeto, a atividade também colabora com a formação dos estudantes. “O que estamos aprendendo aqui, fazendo esse reflorestamento, nós vamos levar aos produtores para que eles entendam a importância de produzir sem destruir a natureza e preservar as águas. O reflorestamento ajuda a evitar a erosão e reduz o assoreamento, que é algo que acontece muito e é ruim para o campo, porque acaba diminuindo a fertilidade do solo fazendo com o que o produtor tenha um custo maior para corrigir isso.” 

“Essa prática tem como importância reduzir o escoamento de água, reduzindo o salpicamento que causa a erosão. O nosso objetivo é tornar a agricultura mais sustentável, por isso, é muito importante fazer o reflorestamento agora pensando já nas futuras gerações e reduzindo cada vez mais os impactos ambientais”, acrescenta o estudante Pedro Augusto Semprebom.

Para a recuperação dos pontos degradados, estão sendo utilizadas espécies nativas da região de Campo Mourão, como peroba, cedro, angico e palmito. As mudas foram doadas pelo Instituto Água e Terra (IAT) do Paraná e terão o desenvolvimento monitorado pelos estudantes.